terça-feira, 30 de agosto de 2011

“ Os mais belos sonhos nascem no terreno da humildade e crescem no solo do inconformismo.”


O Vendedor de Sonhos é um livro que deveria ser lido pela humanidade inteira! É encantador, e diz coisas que todo ser humano deveria refletir. Me fez realmente parar pra pensar em como vivemos e como nos deixamos ser servos passivos do sistema social. Concordo em gênero, número e grau com Augusto Cury, logo no prefácio, quando ele diz que os jovens se tornam, apesar das exceções, consumidores de produtos e serviços e não de ideias. Não são arrebatados pelos sonhos e aventuras.

Esse livro mostra o quanto é essencial que tenhamos sonhos. Uma das minhas passagens preferidas, diz: “Sem sonhos, os monstros que nos assediam, estejam eles alojados em nossa mente ou no terreno social, nos controlarão. O objetivo fundamental dos sonhos não é o sucesso, mas nos livrar do fantasma do conformismo.”

Outra coisa legal é que durante a trajetória do vendedor de sonhos, ele usa o método socrático para instigar as pessoas.

Também passei a ver o aspecto do processo de independência e ocupação de novos espaços pela mulher dentro da sociedade com novos olhos. “O sistema não as perdoou pela audácia. Preparou para elas a mais cafajeste e sorrateira das armadilhas. Em vez de exaltar sua inteligência e notória sensibilidade, começou a exaltar o corpo da mulher como nunca na história. Usou-o exaustivamente para vender produtos e serviços. Parecia que as sociedades modernas estavam querendo compensar milênios de rejeição. Ingênuo pensamento.” “Quando as mulheres pensavam que estavam voando livremente, o sistema tosou-lhes as asas com a síndrome da Barbie”.

Outras passagens:
“A espécie humana se fechou numa redoma artificial de egoísmo e consumismo”
“Sabíamos debochar da desgraça dos outros mas não aliviá-la”
“Comecei a entender que os egoístas vivem no calabouço das suas angústias, mas os que atuam na dor dos outros aliviam a própria dor.”
“Perdemos a leveza do ser. Parecíamos zumbis engessados pelos nossos pensamentos estreitos. Fomos educados para trabalhar, crescer, progredir e infelizmente também para ser especialistas em trair a nossa essência no diminuto parêntese do tempo em que existimos.”

Num tempo em que as pessoas dão grande relevância ao dinheiro, espero que assim como eu, muitas pessoas também sejam agraciadas com a história desse misterioso e humilde caminhante, que vive por aí vendendo coisas preciosas que o dinheiro não pode comprar: sonhos.



Rafaela.